«A canção era sobre a angústia pós-adolescente»,
explicou Paul Simon à imprensa, «mas por conter uma boa dose de verdade, fez
com que muita gente se identificasse com ela». Não apenas nessa altura, mas noutras, como após o trágico evento de 11/9.
Hoje, o descontentamento (desencanto? perplexidade?) globalizou-se e permanece atual. A melodia apela à emergência da uma qualquer luz, no meio da escuridão. E, talvez, ao desejo de um outro amanhã. Ao fim desse silêncio «ensurdecedor» nos tempos sombrios que atravessam, velhos e novos, ávidos de sonho.
«Olá escuridão, minha velha amiga
Vim conversar contigo de novo
(…)
Em sonhos agitados, caminhei só
Nas ruas estreitas da calçada
Sob a luz dos candeeiros de rua
(…)
E na luz nua eu vi
Dez mil pessoas, talvez mais
(…)
Pessoas a escreverem canções
Que as vozes jamais partilham
E ninguém ousa
Perturbar o som do silêncio
"Tolos", disse eu, "vocês não sabem
Silêncio é como um cancro que cresce
Ouçam as palavras que eu vos posso ensinar
Aceitem os braços para que vos possa alcançar"
Mas as minhas palavras caíam como gotas silenciosas de
chuva
E ecoaram num poço do silêncio
(…)
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