quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O que as 50 Sombras de Grey trouxeram à Luz


Veja a leitura psicológica do fenómeno AQUI (Entrevista na TVI 24)
e
Leia o artigo sobre o tema AQUI (Sexo: Das Sombras à Luz - Revista Visão)


A sexualidade não tem idade. Tem diversidade. E muitas formas de expressão, movidas por razões igualmente diversas. Pelo prazer da descoberta, por pura diversão, por uma questão de preferência ou como via de transformação pessoal.

Sempre tem sido assim, mas vivido na sombra. Daí que, de tempos a tempos, venha à tona uma música, um livro ou um filme que se converte num fenómeno social e mediático. Que destrone ideias feitas acerca do que é o Normal, o prescrito, em matéria de jogos entre adultos. Cada tempo e transição social e de costumes tem os seus ícones, agents provocateurs incluídos.

Década a década, costumes e práticas de imensas minorias vão saindo do armário. Nesta, a era da tecnologia, do marketing e da globalização, o desafio é dar permissão ao BDSM para entrar, sem culpas nem o rótulo de perturbação mental, na domesticidade conjugal e na vida de cada um. Com aceitação social, portanto.

Será esse o «segredo» da trilogia da best seller americana E L James (e da versão cinematográfica)? BDSM goes mainstream? Como ficção que é, não podem deixar de lá estar os ingredientes clichê que prendam o espetador (as espetadoras, já agora): as tormentas secretas do herói poderoso e as vicissitudes da jovem que se apaixona por ele. Nada de novo, apenas uma nota diferente: face a obras do género (romances, dramas ou thrillers eróticos), a «moral da história» promete ser menos fatalista. E, talvez até, fantasista.




2 comentários:

  1. Não concordo com a sua abordagem. Não acredito que a dor, o sofrimento físico, tortura e humilhação façam parte de um relacionamento saudável. Amor é prazer, é erotismo, sensualidade, bom-humor, descoberta mútua e não dependência física e emocional de um casal problemático como os personagens.

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    1. Quando vou a uma feira, corro para a barraquinha dos tiros, pego numa arma e disparo para aqueles palhaços de metal, convencido de que sou um assassino implacável. Depois volto à minha realidade sem fantasia e comporto-me como um cidadão ideal.
      Faço o mesmo no amor. A minha dependência é um lapso anacrónico que serve o meu equilíbrio e não o estado geral do meu ser e querer.

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