sexta-feira, 7 de maio de 2010

Vertigem

 Numa manhã igual a tantas outras,
Acorda-se, ergue o corpo da cama e ele cede.
O mundo fica ao contrário.
É o cabo das tormentas, colocar a peça de vestuário.
Cabeça à roda, num dia normal,
Agarrar-se às rotinas parece agora o menor mal.

A mente comanda os gestos,
Não dando ouvidos aos sinais.
Passo a passo a hora chega,
É a vertigem e a desarmonia arterial.

Não está mal.
Para um dia normal.
Dizem que a vida é isso,
Uma vertigem, uma espiral.
Com pausas desprogramadas,
Que ditam 'stop' a mentes cansadas.

No corpo, um chip (ou mestre) perfeito,
Atenuam-se certezas, planos e urgências.
Por fim se pára e respira,
E a gente abre-se a outras frequências.